Catarina Lopes dá conselhos às mulheres que querem ser empresárias
A Diretora Geral dos Magic Spas by Pestana Hotels Group, Catarina Lopes, formou-se em desporto e queria ser professora. Mas, em 2005, quando a convidaram para gerir o Health Club na Madeira, percebeu que tinha de estudar mais na área da Gestão e dedicar-se ao mundo empresarial.
1) O que a levou a ser empresária?
Desde cedo que quis ser independente financeiramente e aos 17 anos já era trabalhadora por conta própria, ainda assim o gosto pela partilha, levou-me a querer ser professora.
Foram anos de boa experiência na escola, mas em simultâneo já era empresária independente, pois dava aulas em três ginásios em Coimbra, onde passava recibos verdes. Geria o meu tempo e ganhava mais dinheiro do que na escola, por isso sempre quis ter o melhor dos dois mundos. A partilha e a gestão do meu negócio.
Em 2005, quando me convidaram para gerir o Health Club na Madeira, percebi que tinha de estudar mais na área da Gestão e desde então que nunca mais deixei o mundo empresarial, quer por conta de outrem, quer por conta própria.
2) O que a diferencia como mulher líder?
A sensibilidade, num mundo ainda muito masculino, mas também, a força de saber o que é preciso fazer para fazer acontecer.
Não tenho medo de dizer não, quando é preciso, ao mesmo tempo que não perco a visão do objetivo final. Com isso explico sempre as minhas razões e tempo que a equipa veja a parte do todo. Assim, envolvo todos no projeto, tentando que todos trabalhem como máximo compromisso, com uma perspectiva de pequenas vitórias nossas e não a de trabalhar para um “patrão”.
A resiliência é uma grande característica minha, assim como não gosto de perder nem a feijões...
3) Que conselho a empresária de hoje daria a si própria 5 anos atrás?
Que nem tudo é para ser feito no momento ou para ontem, é preciso dar tempo para que a consolidação seja sólida e consistente.
4) Qual conselho daria a uma mulher empresária que tem vontade ou que esteja a começar a sua carreira?
Ao invés de um conselho, faria duas perguntas: “qual é o teu why? Que legado queres deixar?”
Se a resposta for dada em menos de 5 segundos e tiver um propósito para o todo e um fim positivo não egoísta, direi que está no bom caminho. Para não desistir no primeiro obstáculo, pois vão haver muitos.