Pedro Loupa: o mentor para sermos felizes
Recentemente disponível na sheerME, quisemos conhecer um pouco melhor sobre o novo espaço Pedro Loupa e o seu projeto MindKi. Com o objetivo de poder ajudar, de uma forma natural e não de terapêutica tradicional (psicologia, psicoterapia, psiquiatria), o novo mentor promete encaminhar os Portugueses a desmontar todo o tipo de situações para que vejam, à luz de uma nova consciência, um resultado diferente. Situações como o stress, ansiedade, desafios com relacionamentos, querer ser feliz, incertezas no rumo da vida e decisões importantes sobre trabalho, insegurança e falta de estima, sofrimento, depressão, dificuldade na gestão de emoções são a sua especialidade.
1. Fale-nos um pouco sobre o Pedro Loupa.
Esta é uma das perguntas mais difíceis que me podem fazer. Se respondo, significa que sei quem sou e apenas posso dizer o que sei e o que sinto neste momento, portanto sei muito pouco. Mas posso dizer que sou um apaixonado pela vida, pelos seres humanos e pela sua essência e talentos múltiplos.
Ao longo da minha existência tenho experienciado que a verdadeira aprendizagem surge no meio de eventos dolorosos e desafios complexos. Por esta razão respeito e apaixono-me por todos os desafios que representam o auto-descobrimento da nossa verdadeira essência, ou seja, transformar a nossa dor e medos na verdade do Amor. Por esta razão sou bastante sensível à arte, à humildade, à simplicidade, à autenticidade, às aprendizagens com as crianças, com os animais e à força e magia da natureza. A minha vivência durante mais de duas décadas fora de Portugal, em diferentes realidades culturais e profissionais, bem como a minha experiência no mundo empresarial, levaram-me a um nível de abertura que me foi permitindo, pouco a pouco, a aceitação dos outros e de mim mesmo.
Digamos que sou um investigador da minha própria realidade e da consciência humana.
2. Quando despertou em si o interesse em ajudar as pessoas a conhecerem-se melhor?
Eu sinto que desde sempre, mas eu não percebia. Foi algo que sempre vi na minha avó materna e na minha mãe, e a elas atribuo essa inspiração.
Mas foi quando cheguei ao México, onde via as crianças de 2-3 anos sozinhas a fazer algo para conseguir algumas moedas nos semáforos, e no meio das minhas lágrimas constantes, que sentia que tinha que fazer algo.
Mais tarde, foi a minha própria dor, resultante de uma profunda culpa de traumas vividos e não curados, que percebi que antes de ajudar os outros tinha de conhecer-me e ajudar-me a mim mesmo.
Assim, o processo sempre foi naturalmente paralelo.
Depois foi começar a compreender que a incoerência humana, a violência e os conflitos partiam sempre do medo, de um profundo medo, que, na maior parte das vezes, é totalmente inconsciente. Quando percebi que tudo isto também existe nas organizações, vi que afeta a família, a educação das crianças e a relação entre seres humanos.
Desde a minha dor (vários processos, alguns muito complexos que vivi em diferentes momentos da minha vida), encontrei o que chamo o passaporte para a liberdade, que é uma investigação constante. Por isso amo totalmente este caminho, pois não existe um fim, nem sequer um princípio.
3. Como surgiu o MindKi?
MindKi é uma casualidade, ou melhor uma sincronicidade.
Ao longo dos últimos 18-20 anos tenho estudado diferentes métodos relacionados com o desenvolvimento humano e espiritual. Muitos dos meus estudos foram autodidatas, outros formais, com certificados, mas aqueles que melhor me descreve estão na escola da vida. A experimentação e vivências do dia a dia, os erros que cometi, as incongruências, os medos que me levaram a decisões menos adequadas, a dor que provoquei a outros.
MindKi é uma analogia e o reconhecimento de dois grandes âmbitos na minha vida: o estudo da mente e da consciência (Mind) e a energia (KI, energia em Japonês), que se relaciona com os meus inícios com o Reiki e vários caminhos no chamado Energy Healing.
O MindKi é como um contentor de experiências e vivências minhas, desde a meditação, que comecei a experimentar mais seriamente em 1998, às terapias energéticas, como o Reiki e outras, a gestão das emoções e comportamento, o Mindfulness, a inteligência emocional, psicoterapia, o teatro das emoções, as neurociências, a biologia e genética, a física quântica e, ainda, a influência da minha vivência em âmbitos religiosos (cristianismo, budismo, judaísmo e alguns âmbitos hinduístas), bem como uma importante vivência e influência com algumas filosofias, como o Advaita Vedanta.
4. Qual a importância de nos conhecermos a nós próprios?
Esta pergunta daria um livro, inclusive de páginas em branco. Mas gostaria de usar a famosa frase de Sócrates, uns 500 anos a.C., “conhece-te a ti mesmo” e a que também se pensa que será atribuída ao mesmo, “conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”, que para mim traz a resposta a esta pergunta. Já na bíblia existem várias referências de Jesus a conhecer-se a si mesmo, uma das minhas favoritas é “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João capítulo 8, versículo 32).
Este processo de nos conhecermos a nós próprios não é, para mim, um processo intelectual. É sim uma abertura ao desconhecido, a nossa verdade como expressa Jesus, a um passo em que a mesma meditação (vista desde uma abordagem diferente) é a base para este descobrimento. Quando surge esta dimensão na nossa vida, começamos a soltar os medos e a compreender a dor.
Os desafios da mesma existência seguem, mas são vividos desde uma nova atitude, desde uma nova perspectiva, onde o sofrimento não cabe.
Observo que a grande maioria dos seres humanos vive numa “prisão”, embora, paradoxalmente, tenha a chave da porta “da cela” no bolso, só que sem a ver. Quando nos conhecemos verdadeiramente, abrimos a porta para compreendermos que a prisão não é mais que uma construção mental, um espelhismo das nossas crenças e medos. E aí abre-se uma nova dimensão da compreensão da nossa própria vida.
5. Como podem as pessoas experimentar o MindKi?
O MindKi está formado por 5 pilares e todos eles estão interligados.
Ao longo da minha vida fui desenvolvendo atividades onde esses 5 pilares são integrados como um todo, dentro do programa proposto.
Uma das entregas é feita através do counselling ou mentoria, que é como um “encontro” por videoconferência, onde juntos vamos abordar profundamente um aspecto da vida dessa pessoa e que seja urgente e integre um desafio complexo. Aí vamos juntos desmontar completamente esse desafio e, através do MindKi, vamos encontrar as ferramentas que podem ser mais adequadas para atravessar esse mesmo desafio.
Por outro lado, disponho também de workshops e conferências, que faço com regularidade, sobre diferentes aspectos da gestão emocional, Mindfulness e meditação.
Em breve lançarei uma nova proposta numa plataforma online, onde se pode ter acesso a todos os âmbitos cobertos pelo MindKi num só lugar, bem como os retiros que faço normalmente fora de Portugal e que durante vários dias convido os participantes a entrar dentro da sua realidade, num entorno de total contato com a natureza.
Este ano, por exemplo, volto com a minha proposta anual nos Alpes Suíços, depois de dois anos de interregno, devido a pandemia.
6. Três conselhos que pode deixar aos nossos leitores.
Não há nada mais complicado que deixar conselhos. Mas posso deixar algumas ideias e apontar alguns caminhos que podem ser explorados.
Digamos que um deles seria tomar total consciência de como vivemos a maior parte do tempo numa espécie de piloto automático, que a nossa forma de estar, está totalmente baseada em conceitos pré-formados, em ideologias rígidas, em crenças que não são nossas, mas que foram herdadas.
Quando tomamos consciência de que estamos nestes automatismos diários, que fazemos sempre igual, que temos quase sempre os mesmos resultados, que aparecem sempre o mesmo tipo de pessoas, então aí tomamos total responsabilidade sobre a nossa forma de estar e deixamos de culpar o que está fora.
Eu diria também que podíamos tentar parar mais vezes, e quando digo parar, é durante uns segundos respirar profundamente e observar à nossa volta, sem interpretar, julgar e analisar. Apenas deixar estar o que está, apenas sentir o vento na cara, os ruídos tal como surgem. É bem simples, mas sei que é complicado para muitos. É uma ideia poderosa.
E por último voltar a ser totalmente humano, isto é, a olhar para o nosso entorno e outros seres humanos como o que são, seres humanos como nós, com os seus acertos e erros, como os seus medos e traumas, com as suas alegrias e felicidade.
Começar a dançar ao ritmo da vida, seja no sol, seja na chuva, porque a vida convida a que dancemos e sejamos felizes com aquilo que temos agora. Se conseguirmos pelo menos sentir isto, passamos a perceber que a felicidade não é bem aquilo que sempre imaginamos, mas sim algo bem mais simples e muito pouco filosófico.